18/07/2022
Dossiê Rivieras: contamos tudo o que você precisa saber para comprar a sua!
Vem com a gente nessa viagem no tempo que conta um pouco da história de como surgiram esses colares e pulseiras que mexem com o sonho de dez em cada dez mulheres. No nosso Dossiê Rivieras, iremos revelar tudo o que você precisa saber para comprar a sua.
Antes de tudo, vamos começar dizendo que as pulseiras e colares riviera são joias super clássicas, que ultrapassam a barreira da moda, ou seja, um investimento para a vida toda. Começamos nosso Dossiê Rivieras contando um pouco como tudo começou…
Dossiê Rivieras revela quando surgiram essas peças…
A história da joalheria revela que foi no período Georgiano, que vai de 1714 a 1830 no Reino Unido, que as rivieras primeiramente apareceram. Na forma de colares, ornamentavam os decotes – cada vez mais profundos – dos vestidos da época. As peças eram todinhas feitas à mão e as pedras dificilmente tinham um tamanho regular entre si, por isso, cada estrutura de cravação era feita do tamanho específico de cada pedra. Muitas vezes, havia um aumento de tamanho gradual até culminar na pedra central, a maior de todas. E como bem mostra a capa do livro que ilustra as joias desse período, as pedras coloridas foram largamente utilizadas.
Além disso, nas rivieras georgianas, é comum haver um pingente articulado em forma de gota para valorizar ainda mais o decote, como vemos a personagem de
Lady Danbury da série Bridgerton que se passa na Regência, um sub período da Era Georgiana. Inclusive, fica a dica para quem curte séries históricas com muito romance, moda e joias, claro!
E quem promoveu o gosto pela riviera de ouro branco 18k e brilhantes? Ah… Coco Chanel… tinha de ser você…
Conforme mostram as tendências, atualmente, a riviera-dos-sonhos é em Ouro branco 18k e diamantes lapidação brilhante, diferente das referências Georgianas. Até porque, naquela época, não existia nem a liga de ouro branco 18k e nem a lapidação brilhante, que foi criada somente em 1919 por Marcel Tolkowsky.
Então, quando de fato começa a surgir esse desejo pelos modelos mais atuais, bem branquinhos, cheios de brilho?
Na nossa pesquisa, no livro As Joias Falam, de Richard Klein, nos despertou a atenção o relato de uma exposição feita pela Chanel durante o auge da Grande Depressão, no início de 1930. Nesta exposição, que aconteceu em Paris, a marca francesa trazia colares, braceletes e tiaras com diamantes montados em sequência, lado a lado, sob uma placa de platina.
Do mesmo modo, o título Chanel Colletions and Creations, de Daniele Bott, menciona a exposição. Fica evidente a semelhança com o design das atuais rivieras o trecho que fala sobre o que Coco Chanel pensou para a exposição: ela quis criar uma joia de diamantes que deveria “envolver” a mulher e acompanhar os seus movimentos, tinham de ser flexíveis, móveis e versáteis. “Minhas joias primeiro, e acima de tudo, representam uma ideia. Eu quis cobrir a mulher com constelações”, Coco Chanel sobre a exposição de 1930. “I want jewels to be like a ribbons in a woman’s hand. My ribbons are suple ande flexible”. Em livre tradução: Eu quero que as joias pareçam fitas na mão de uma mulher. Minhas fitas são flexíveis.
Tinha de ser né? A estilista mais importante do século XX a gerar desejo por essa joia icônica e atemporal.
Agora, e o nome de onde vem?
Vem de lá mesmo, da Riviera francesa. O nome riviére significa rio de luz, fazendo referência ao brilho cristalino dessa região costeira. Que, convenhamos, também é uma forma perfeita para definir essas joias deslumbrantes.
Bracelete de tenista?
Isso mesmo. Nos Estados Unidos as rivieras são chamadas de tennis bracelet. Tudo por quê, em 1987, durante um jogo de tênis, a atleta americana Chris Evert solicitou aos árbitros a interrupção da partida por um motivo curioso: ela havia perdido a sua pulseira de brilhantes enquanto jogava. O destaque para o acessório foi ainda maior pelo fato de Chris Evert ser a tenista número 1 do mundo à época.
Enfim, após essa volta ao passado, voltamos para os dias atuais.
Assim como preceituou Mademoiselle, as rivieras são joias feitas em uma estrutura flexível e maleável, permitindo que a peça se ajuste à pele com um caimento perfeito – se forem bem executadas, claro – e podem ser encontradas principalmente como pulseiras ou colares numa grande variedade de comprimentos, pedras e modelos. No entanto, há uma série de detalhes que precisam ser observados antes de investir nesta joia esplendorosa.
E vamos te ajudar nessa missão….
Vamos para a segunda parte do nosso Dossiê Rivieras: em 6 passos, explicamos como comprar a sua Riviera perfeita, seja ela pulseira ou colar
1. QUAL PEDRA? A escolha das pedras depende muito da cor e do brilho que você busca.
Olhando primeiramente para a questão da cor, temos basicamente dois caminhos: gemas incolores ou coloridas (coradas, como dizemos na joalheria).
Se a ideia é uma Riviera mais neutra e atemporal, opte sem dúvidas pelo caminho das pedras incolores, como os diamantes, as safiras ou os topázios incolores. Já a escolha entre essas três possibilidades vai depender da relação custo x brilho.
Se você não abre mão daquele brilho incrível, vale super investir numa Riviera de diamantes incolores. Afinal, nenhuma outra gema possui uma dispersão que produz um jogo de cores tão especial como os diamantes. Lembrando que a dispersão é o fenômeno ótico da decomposição da luz branca nas cores do arco-íris, também conhecida na joalheria como o tão apreciado “fogo”.
Entretanto, sabemos que nem sempre querer é poder, não é mesmo?! E o valor do quilate (unidade de medida usada para pesar as pedras preciosas) dos diamantes é muito mais alto que o valor do quilate dos topázios e mesmo que o das safiras.
Portanto, se a verba está mais limitada, considere essas outras alternativas.
Pois, mesmo apresentando um brilho mais vítreo, se tiverem boa transparência e forem bem lapidadas, as safiras e os topázios brancos podem ser até confundidas com os diamantes, a olho nu. E, considerando rivieras de mesmo comprimento, o valor da joia pode cair até mais que a metade quando optamos por uma outra pedra diferente do diamante! Então, definitivamente, a escolha da pedra pode viabilizar o seu sonho de adquirir uma Riviera. Já pensou??
Agora, se você você é daquelas que ama uma joia alegre e abraça as tendências, as rivieras com degradês de pedras coloridas, as conhecidas “rainbown”, são opções maravilhosas – são modernas, enfeitam muuuito e, ótima notícia, também são mais acessíveis que as de diamantes. Nesse caminho, é possível optar por rivieras de safiras coloridas, turmalinas coloridas ou por um mix de pedras brasileiras (citrinos, ametistas, peridotos, topázios, rodolitas…).
Pensando bem, prefere uma opção “intermediária” entre os clássicos diamantes brancos e a profusão de cores das rivieras rainbow? Nesse caso, considere uma Riviera de diamantes negros, uma escolha pra lá de sofisticada, porém, igualmente descolada. Rivieras de esmeraldas, rubis ou safiras também são ótimas opções para quem busca uma opção nobre e colorida com mais “sobriedade”.
2. QUAL A LAPIDAÇÃO DAS PEDRAS?
Conforme você já deve ter percebido, a lapidação mais comum nas rivieras, principalmente quando estamos falando de colares, é a lapidação brilhante. Esse famoso corte redondo com 57 facetas extrai o brilho máximo da pedra e, por isso, é tão popular. Dessa forma, se você está investindo em uma riviera de diamantes, sem dúvidas a escolha pela lapidação brilhante é a mais acertada.
Contudo, se você optar por outras pedras incolores, como a safira ou o topázio, ou mesmo pelas pedras coloridas, vale sim considerar diferentes alternativas de lapidação que você possa gostar. Como são gemas que não possuem um índice de dispersão tão elevado quanto o do diamante, o brilho não tem o mesmo potencial de maximização, mesmo na lapidação brilhante. Por isso, se você curte lapidações mais diferenciadas, nas rivieras com pedras que não são os diamantes, é uma escolha super indicada.
A lapidação coração, por exemplo, é uma alternativa romântica e delicada, imprimindo muito mais exclusividade ao seu colar. Para as pulseiras rivieras é ainda mais fácil encontrar outras lapidações… a lapidação oval confere elegância e sofisticação (veja a foto). Já a lapidação carré, aquela quadradinha, dá um toque moderno, descolado.
3. QUAL O TAMANHO DAS PEDRAS?
Primeiro, falando de colares…
Se o seu colar riviera for de diamantes, saiba que a escolha do tamanho das pedras vai impactar diretamente no custo da sua Riviera. Se você está comprando sua primeira Riviera de diamantes e quer uma peça discreta e delicada para o dia a dia, sugerimos rivieras com brilhantes de 3pts (1,90mm) a 5pts (2,30mm) por pedra. Elas são versáteis para acompanhá-la sempre na sua rotina e apresentam bom custo x benefício. São pedras com um valor de quilate mais baixo e que ficam bem equilibradas para compor um mix de colares charmoso.
Ao passo que, se a sua riviera for Rainbow, o tamanho das pedras não vai influenciar tanto no valor da peça. Mesmo assim, sugerimos que os brilhantes tenham até 3mm (o que seria equivalente a 11pts) para que a joia não perca a delicadeza, já que por serem coloridas o visual da peça tende a ser mais pesado.
Ainda sobre essa questão do tamanho das pedras dos colares, outra alternativa são as rivieras degradês, que possuem pedras maiores na frente e o diâmetro vai diminuindo na medida que as pedras se aproximam do fecho.
Nas pulseiras se aplica a mesma lógica de custo x benefício em relação ao tamanho das pedras. Por serem usadas no pulso, uma área mais “neutra” do corpo, temos uma flexibilidade maior em relação ao tamanho das pedras. Pedras menores, como 1 ponto (1,30mm de diâmetro), por exemplo, não “parecem” tão pequenas no pulso. Ainda mais se você pretende fazer um mix de pulseiras, embarcando na trend do pulseirismo. Da mesma forma, uma pulseira com pedras maiores também não fica over, não pesa tanto quanto um colar com pedras grandes. Então, se você curte uma pulseira mais marcante, pode investir sem medo numa pulseira Riviera mais poderosa.
Ou seja, enxergamos nas pulseiras uma facilidade maior em ousar. Além disso, como as pulseiras possuem um comprimento menor que os colares, terão valores absolutos menores também, então, naturalmente, é relativamente “mais fácil” investir em algo mais sofisticado.
4. QUAL A QUALIDADE DAS PEDRAS?
Para os diamantes, existe uma escala de cor e outra escala de pureza que define a qualidade das pedras.
A escala de cor de um diamante, segundo o GIA (Gemological Institute of America), vai da letra D a letra R, sendo D a mais branca e R a mais escura (veja a figura). O padrão comercial tido como “aceitável” para diamantes incolores é da letra J para cima. Diamantes J são considerados um pouquinho amarelados – porém, a olho nu você não percebe.
Já a escala de pureza (clarity) considera as inclusões, ou seja, as “sujeirinhas” que a pedra contém em seu interior, decorrentes do processo geológico natural, e que acabam por atrapalhar no brilho. Diferentemente da escala de cor, a escala de pureza não é alfabética, vai do F (puro) ao I (imperfeito) – veja a figura.
Aqui, vale sempre ter em mente a relação custo x benefício que “faz sentido” e não a busca pelos melhores padrões. Se você optar por investir numa Riviera com cerca de 4pts, não tem porquê buscar uma escala tão alta, pois as pedras são pequenas e as inclusões não vão afetar o visual da joia. Em contrapartida, se você escolhe pedras “muito puras”, esse fator vai encarecer bastante sua peça. Sendo assim, de forma prática para você poder decidir: para pedras pequenas, é bem aceitável que sejam classificadas como pureza SI1-SI3, que quer dizer que possuem inclusões visíveis com uma lupa de 10x de aumento. Já para pedras maiores (acima de 10pts), vale ir subindo gradativamente a exigência de pureza.
Outra dica legal…
Se você puder escolher entre uma escala melhor de cor ou pureza, nossa sugestão é, invista numa escala melhor de cor, que isso de fato irá contribuir mais para o visual e o brilho da sua Riviera como um todo. Por exemplo, escolha pedras classificadas como H (brancas) ao invés de J (levemente amarelas) e mantenha a escala de pureza entre SI1-SI3.
Já se o assunto for as pedras coloridas, busque transparência e cores vivas. Pedras opacas ou sem vida (saturação fraca) vão diminuir a beleza da sua joia.
5. QUAL MODELO ESCOLHER?
Garra coroa, cartier, tulipa…?
Esses “modelos de garras” dizem respeito ao tipo de design da estrutura aonde as pedras são cravadas:
CARTIER:
A garra cartier é a mais “popular” e clean, tem um visual quadradinho e as pedras são cravadas por 4 garras, que permite que as pedras fiquem juntinhas. Adoramos esse modelo para rivieras com degradê de cores (Rainbow) pois, como as pedras ficam bem juntinhas, a transição das cores se torna mais clara e nítida. Essas garras também são indicadas se você busca uma Riviera para o dia a dia, ou seja, pretende usá-la de forma casual num mix de colares pois, por ser um modelo neutro, essa garra combina facilmente com outros colares. Veja a nossa sugestão no e-commerce, COLAR RIVIERA DE BRILHANTES OURO BRANCO 18K SQUARE (foto).
COROA:
Já a garra coroa é super delicada e feminina, o metal extrapola levemente as pedras em um design arredondado, dando a “ilusão” de que as pedras são maiores, como é possível perceber na linda pulseira da foto. Adoramos esse modelo para as clássicas rivieras de diamantes brancos, esse modelo é perfeito para transitar para eventos mais sofisticados.
TULIPA:
Por sua vez, a garra tulipa possui um formato mais triangular, pois cada pedra é cravada por três garras. Fica linda e valoriza muito as rivieras com degradê de tamanho, nas quais as pedras centrais são maiores e o diâmetro vai decrescendo na medida que o comprimento avança para o fecho.
Para nós, essas são as mais lindas, mas existem muitos outros modelos!
6. QUAL O COMPRIMENTO?
No caso das pulseiras, sugerimos que as rivieras sejam feitas com uma folga de 1cm da medida justa do seu pulso, assim vão ter um movimento legal sem ficarem tão grandes.
Já no caso dos colares, existem diversas medidas (veja figura), porém, a que mais nos agrada para as rivieras, definitivamente, são as gargantilhas. As gargantilhas possuem padrão de 40-42cm de comprimento. Esse comprimento é super versátil porque fica perfeito para usar sozinha com um vestido de festa e também para compor um mix de colares no dia a dia.
Afinal, adoramos um pescoço bem enfeitado com uma Choker (35cm), uma gargantilha Riviera de 40-42cm, um colar entre 45-50cm e um escapulário de 60-70cm. Luxooo!
Esse artigo foi útil para você que sonha com uma Riviera? E para você que já tem a sua, que tal incrementar o seu acervo com um modelo diferente?
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